​Neurodesign Marcelo Valladão apresenta aqui uma síntese da cartilha global do que é o Neurodesign, que é utilizada pela grande maioria dos profissionais da área de comunicação e empresas do setor.​
Na prática, o Neurodesign funciona da seguinte forma:
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Uma determinada marca, produto, serviço, campanha é estruturada por meio da criação de elementos cognitivos, ou seja, elementos que fazem sentido e se conectam rapidamente ao entendimento do nosso cérebro. Esses elementos, intencionalmente, são mais fáceis de perceber e compreender, e são facilmente considerados agradáveis. A partir daí, é possível escolher com precisão os designs que serão divulgados no mercado e divulgados ao público.
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Isso deve ocorrer para que o cérebro processe as informações com mais fluência. O cérebro tende a tentar fazer menos esforço para assimilar informações. Sim, digamos que o cérebro seja preguiçoso: ele entenderá melhor o que está disposto de forma mais simples, organizada e conectada.
Ou seja, uma imagem, ou uma imagem que tem um conceito, organizado de forma prática, é rapidamente compreendida pelo cérebro. Essa rápida compreensão gera uma sensação de familiaridade no observador. Esse processo é chamado de fluência de processamento.
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“O cérebro humano representa apenas uma pequena parte da massa corporal, mas consome muita energia. Para compensar esse desequilíbrio, evoluiu de forma a minimizar o consumo de energia, como o modo de economia de energia de computadores, dispositivos móveis e eletrodomésticos", segundo Darren Bridger, em sua obra "Neuromarketing: como a neurociência aliada ao design pode aumentar o engajamento e a influência com os consumidores. É a partir desses estudos que o design minimalista trabalha, analisando as formas como o cérebro entende e reage aos estímulos do campo cognitivo.
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Dessa forma, os designers devem ter cuidado para não sobrecarregar o público com informações, o que pode afetar a tomada de decisão no momento da compra. Ainda segundo Darren Bridger, isso é chamado de carga cognitiva pelos psicólogos. “Se estamos tomando uma decisão de compra e há muitos fatores a serem considerados, como pesos de preços, atributos, frequência de uso, trade-offs, etc. a mente inconsciente, tome decisões intuitivas.”
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Para o design em geral, e especialmente para a criação de marcas, é fundamental não sobrecarregar cognitivamente o público, por meio de estímulos simples que causem boas sensações e uma sensação de familiaridade.